Na weScribe trabalhamos essencialmente com freelancers e, como tal, sabemos das dificuldades que norteiam a vida de todos aqueles que apostaram neste tipo de regime de trabalho, incluindo a necessidade de fazerem candidatura espontânea junto de empresas.
Por outro lado, apesar de neste momento não estarmos ativamente à procura de novos transcritores, o certo é que recebemos muitas candidaturas espontâneas.
E mais certo ainda é que respondemos a todas – com mais ou menos demora – tentando dar uma oportunidade a toda a gente.
Assim, decidimos deixar 5 dicas para quando fizer uma candidatura espontânea a trabalhos, parcerias ou colaborações com empresas (e não necessariamente com a weScribe).
1. Seja direto e conciso
Perceba que enviar um e-mail com demasiados pontos que explicam os motivos da sua candidatura, incluindo a sua aptidão para fazer esparguete à bolonhesa (a não ser claro, que isso esteja ligado com a área a que se candidata) não o vai ajudar.
Pelo contrário, só atrapalha.
É importante que seja direto e conciso. E que explique em poucas linhas:
- os motivos que o levam a candidatar-se; e,
- as razões que, no seu entender, o transformam numa mais-valia para a empresa.
Ah! E evite usar expressões que toda a gente usa e não querem dizer nada. Como por exemplo “De acordo com a minha experiência poderei ser uma mais-valia”.
Certo. Mas qual experiência? Que tipo de mais valia? A resposta a estas questões é que deve ser focada.
2. Não use argumentos falsos (ou exagerados) na sua candidatura espontânea
Se está a fazer uma candidatura espontânea, o natural é que tente, a todo o custo, impressionar quem está do outro lado, demonstrando o seu total interesse.
Sabemos isso. Faz parte e, por norma, não tem mal nenhum.
Mas por favor, não confunda motivos válidos e lógicos que o tornam perfeito para um lugar com “aquilo que eu acho que devo dizer para lamber as botas a quem vai ler isto”.
Do género “O meu sonho é transcrever julgamentos com mais de vinte intervenientes, onde todos falam ao mesmo tempo, em videoconferência, numa sala de audiências ao lado de um quartel de bombeiros, cuja sirene toque de dez em dez minutos”.
Apesar de ser possível retirar dessa informação que está disposto a fazer transcrições de algo que não é o mais apetecível, também é lógico que muito dificilmente está a falar verdade.
Não só porque é muitíssimo mais trabalhoso, como aquele tipo de transcrição demora muito mais tempo e é muito mais difícil.
Ora, essa constatação de que está a mentir pode minar uma possível relação de confiança futura.
(Repare: se alguém lhe disser que gostaria muito de cuidar do seu filho recém-nascido porque tem como sonho de vida mudar fraldas sujas… também duvida, não é?)
3. Evite erros
Já dissemos tantas vezes que poderia ser um mantra weScribe: TODA A GENTE DÁ ERROS.
Mas há erros e erros. E se estiver a candidatar-se a uma empresa de transcrições evite aqueles erros que fazem doer os olhos como
- “faze-mos uma boa equipa”,
- “á muito tempo que transcrevo”
- “se realiza-se”.
Para nós são quase imperdoáveis. Para algumas empresas o quase desparece.
E pode haver algumas que o coloquem mesmo na lista negra.
4. junte o seu C.V.
Existem várias teorias no que ao C.V. diz respeito:
- Há quem defenda a desnecessidade de remeter o currículo numa candidatura;
- Também há quem aponte que só o modelo europass preenche todas as necessidades.
- E por fim, existe quem defenda que os C.Vs devem ser resumidos de uma forma mais apelativa ao olhar, através de templates (comprados ou feitos).
Escolha o modelo que escolher, não se esqueça de o enviar uma vez que pode ser decisivo na hora de contratar.
5. Não confunda: ser persistente não é o mesmo que ser chato ou rude
Se depois de uma candidatura espontânea receber uma resposta a marcar entrevista tem uma parte ganha!
Significa que aquela empresa, que publicamente não estava a procurar ninguém, viu em si uma mais-valia e decidiu contactá-lo.
Isso é ótimo. Na weScribe, por exemplo, gostamos de dar uma oportunidade a todos os que nos contactam, mas há empresas que, legitimamente não o fazem. E é neste caso que muitas das vezes surge a dúvida: deve ou não insistir numa resposta?
Algumas pessoas fazem-no. E até aí tudo bem. Mas tenha especial atenção à forma como o faz. Mandar um e-mail em tom acusatório não vai ajudar em nada (a não ser, claro, na sua exclusão quando ainda podia estar em processo de decisão):
“Olhem lá, porquê que não me respondem?”
“Já vos mandei e-mail há vinte cinco dias, duas horas, treze minutos e dois segundos e não disseram nada.”
E nunca reencaminhe o e-mail enviado anteriormente sem dizer mais nada. Demonstra ser uma espécie de “passivo-agressivo” nada apelativo.
É claro que quem procura trabalho precisa de obter uma resposta. Há contas, responsabilidades e uma série de pressões que levam a necessitar de saber se há ou não possibilidade de integrar uma empresa.
Mas lembre-se também que, no caso de uma candidatura espontânea, a empresa pode simplesmente não estar à procura e não sentir a “obrigação” de responder.
O que não significa que não fique com o seu contato para outra altura.
Repare: Se receber em sua casa centenas de panfletos ou telefonemas de pessoas a oferecerem-se para fazer o jantar, limpar a casa ou cuidar dos seus filhos, nem sempre vai responder a todos, certo?
Em suma, se quiser insistir numa resposta faça-o de forma cordial e sem o tom acusatório que às vezes a escrita, desacompanhada de expressão fácil, imprime a algumas comunicações.
Claro que depois deste trabalho todo urge perguntar:
E se depois da candidatura for marcada entrevista? Há alguns aspetos a ter em conta?
Sim. E estão todos aqui. (Basta clicar para ler).
Até breve e, por favor, tenha em atenção que os exemplos apresentados são meramente ilustrativos. Todos os C.V.s que recebemos, assim como reuniões/entrevistas efetuadas, são totalmente confidenciais e alvo do maior sigilo.