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4 erros mais frequentes em português

De certeza que já lhe aconteceu: ao ler, escrever ou passar os olhos por um texto deu de caras com um daqueles que consideramos os 4 erros mais frequentes em português. Ou seja, aqueles erros que, não matando, dão azo a um pequeno ataque cardíaco (de quem lê e de quem escreve quando dá conta) e tiram a boa disposição por uns minutos.

Acontece.

Na verdade, há erros que, mesmo sendo feios, são mais perdoáveis do que outros.

Já falámos até disso aqui: são aqueles que se percebe terem sido feitos por um lapso, um dedo que tocou na tecla do lado numa exigência de trabalho feito em tempo curto. Consequentemente, acaba por sair asneira, mas entende-se, quase instintivamente. Sobretudo porque a palavra beliscada volta a aparecer, já sem mácula, nos pontos seguintes.

No entanto, há outros erros que não são tão desculpáveis porque se entende –  seja pela dimensão do erro em si ou pela sua repetição ao longo do texto –  que são estruturais de quem escreve provocados por:

  • desconhecimento da língua portuguesa
  • vício de escrita
  • ou simplesmente desleixo.

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Na weScribe fazemos muita revisão.

Revemos todas as transcrições – TODAS MESMO – e por isso encontramos erros que nos fazem dar pequenitos saltos da cadeira, numa sensação de “Bolas! A sério?” (sobretudo quando percebemos que fomos nós próprios que os cometemos).

Repetimos: erros são erros e como se pressupõe “toda a gente os dá”. No entanto, quando está em causa uma transcrição que exige rigor, concentração, disciplina e que seja fidedigna têm de ser evitados. Custe o que custar.

 

Assim, decidimos fazer uma seleção dos 4 erros mais comuns em português que encontramos em transcrições.

(E que nem sempre são desculpáveis).

 

1. o “à” e o “á”:

Esqueça o “á”. Esqueça o acento (e não assento) agudo e finja que ele não existe quando quiser usar o “a” sozinho.

Lembre-se: Não é “ele foi á casa de banho”.

Na verdade, se ele foi à casa de banho foi para lá deixar o acento agudo e usar, muito orgulhosamente, o grave.

Combinado?

 

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2. o “à” e o “há”.

É memorizar:

é uma forma do verbo haver”. Significa existir.

Quer saber se se trata de o verbo haver? Substitua essa forma por outra do mesmo verbo, mas em tempo diferente:

  1. “Hoje missa na Sé”
  2. “Amanhã haverá missa na Sé”
  3. “Ontem houve missa na Sé”.

Também pode usar outra regra:

Com expressões de tempo trata-se de o verbo haver.

Exemplo: “Começamos a namorar tanto tempo…” (e não, não junte o atrás depois do tempo).

Um truque é tentar substituir o “há” por “faz”. E se fizer sentido então use o há.

“Começamos a namorar faz tanto tempo…”

 

3. “não tem nada haver comigo!”

Certamente que também este é outro que não mata mas mói.

Repare: não tem nada a ver com nada… escrever “haver” numa frase destas.

Se o que se pretende é indicar que não está relacionado, que não tem correspondência, a forma correta é “não tem nada a ver”.

Agora, se ao transcrever um julgamento reparar que o Autor diz “ela não tem nada a haver do dinheiro da herança dos meus pais!” use o “haver”.

Porquê? Porque se trata de a forma negativa da expressão ter a haver, que é como quem diz… ter a receber, reaver.

Ou seja, bem se vê que não ter nada haver não tem nada a ver com nada a ver.

Fácil, não é?

 

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4. Esta-mos; faze-mos; come-mos.

Este é frequentíssimo encontrar-se. E, na verdade, nem percebemos o motivo de ser um dos 4 erros mais frequentes em português porque um bom corretor automático dá conta do erro e assinala-o.

Para esclarecer, as palavras “estamos”, “fazemos”, “comemos” são conjugações, no presente do indicativo da primeira pessoa do plural dos verbos “estar”, “fazer” e “comer”. Por isso, são uma palavra só. Sem hífen.

Combinado?

 

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Á muitos mais e averemos de escrever ácerca deles nos próximos posts. Até por que esta-mos convencidos que estes 4 erros mais frequentes em português que apresenta-mos não têm nada haver com os muitos que escrevem-se todos os dias. Certamente que prova disso está no facto de ter acabado de ler uns quantos (e bem que gostáva-mos que os identificasse nos comentários).

Até à próxima!

 

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