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Faz sentido celebrar o dia internacional da mulher?

Apesar da importância da data, é certo e sabido que no dia 8 de março se levanta a questão: faz sentido celebrar o Dia Internacional da Mulher?

Também na weScribe temos uma opinião sobre o assunto.

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Antes de mais é importante que nos questionemos sobre o surgimento desta data:
A Origem
  • O dia internacional da mulher tem como origemas manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial.
  • Essas manifestações foram brutalmente reprimidas e marcaram o início da revolução de 1917.
  • A data da principal manifestação – 8 de março de 1917 – foi instituída como dia Internacional da Mulher entre o Movimento Internacional Socialista.
A Primeira Proposta:

A primeira proposta de criar um dia em homenagem às mulheres foi feita pelo Partido Socialista Norte-Americano em 1909.

No ano seguinte, a Internacional Comunista, realizada em Copenhaga, decidiu colocar a ideia em prática, já que as manifestações pelo direito de voto e o fim da discriminação feminina se multiplicavam em todos os países industrializados.

 

Comemoração no Ocidente:

No ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920. Depois, a data foi esquecida por muito tempo e só recuperada pelo Movimento Feminista, já na década de 1960.

 

O ano do dia Internacional da Mulher

1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional Da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.

Existem algumas versões para que a escolha tenha recaído no dia 8 de março.

A versão mais conhecida avança que, nessa data, em 1857, 129 operárias de uma fábrica têxtil de Nova Iorque entraram em greve. Além de salário igual ao dos homens, elas reivindicavam a redução das horas de trabalho, que era de até 16 horas diárias. Como consequência, os patrões trancaram as operárias e incendiaram a fábrica.

Todas elas morreram queimadas.

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Posto isto, faz sentido faz sentido celebrar o dia internacional da mulher?

Para responder a tal é importante percebermos se em pleno 2020 ainda se existem desigualdades entre homens e mulheres. Sejam económicas, políticas, de educação, de oportunidades e até mesmo legais.

A resposta é bastante evidente e, segundo um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, até bastante triste:

  1. As mulheres ganham menos do que os homens nas mesmas profissões “com diferenças que ultrapassam os 600 euros brutos mensais no grupo das(os) representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, bem como dirigentes e gestoras(es) executivas/os, e os 200 euros no caso de artífices e trabalhadoras(es) qualificados da indústria e da construção”;
  2. A precariedade afeta mais o género feminino, “o que redunda em trabalhos de menor qualidade e de estatuto inferior, bem como em salários mais baixos”;
  3. A Taxa de desemprego jovem é superior nas mulheres;
  4. Mulheres correm maior risco de pobreza do que os homens em todos os países da União Europeia, em todas as idades da vida. Em Portugal, o risco de pobreza das mulheres é de 26,6%;
  5. As Tarefas domésticas recaem, sobretudo, sobre as mulheres que “despendem sempre mais horas por semana a cuidar da casa do que os homens, em qualquer idade da vida, em todos os países europeus”. Em Portugal a diferença é de 7 horas e aumenta na fase tardia da vida ativa até 16 horas;

 

Ora, perante estes factos, aqui na weScribe acreditamos que todos os dias são dias da mulher.

E que portanto, faz sentido celebrar o dia internacional da mulher

Todos os dias são dias de lembrar que enquanto homens e mulheres não forem vistos como pares enquanto cidadãos não há verdadeira igualdade. E se existem dias em que nos lembramos mais disso, o ideal era que nunca esquecêssemos.

Por isso sim, faz sentido celebrar o dia internacional da mulher.

E celebrar é também lutar para que as desigualdades sejam sanadas. Algo que fazemos na weScribe. É que, entre outras coisas:

  1. O projeto weScribe foi pensado e concretizado por uma mulher;
  2. Todos as revisoras são mulheres;
  3. A contabilidade é liderada por uma mulher;
  4. A equipa de marketing é constituída apenas por mulheres;
  5. O site weScribe foi pensado e construído por mulheres;
  6. Mais de 2/3 dos transcritores weScribe são mulheres;
  7. O pagamento de cada transcrição é igual independentemente do género.

 

Há motivos para termos tantas mulheres envolvidas.

Em primeiro lugar, porque não fazemos qualquer discrepância entre géneros (o pagamento é o mesmo, as oportunidades também). Depois, porque a nossa flexibilidade permite que muitas mulheres consigam conjugar os serviços que nos prestam com a sua vida familiar e profissional extra weScribe:

  1. total liberdade para aceitar/recusar qualquer transcrição de acordo com a sua disponibilidade. A base da plataforma é essa mesmo.
  2. Não há horários definidos ou estipulados. Desde que a transcrição seja entregue no prazo solicitado, é a transcritora/revisora quem decide a que horas e quando vai trabalhar;
  3. Não são necessárias deslocações para o “local de trabalho”, nem um sítio onde seja imperativo passar o dia. Desde que respeite a confidencialidade exigível, cabe à transcritora escolher onde quer trabalhar.
  4. Não há qualquer diferença de pagamento em decorrência do género. Ou seja, valor proposto por cada transcrição é universal, cabendo a cada transcritor decidir se se sente confortável com o mesmo, antes de se manifestar interessado.
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Na weScribe desejamos dias felizes.

Todos.

E é por isso que tentamos fazer a nossa parte no que respeita ao combate à desigualdade entre homens e mulheres enquanto cidadãos.

Em suma, acreditamos que é importante celebrar o dia Internacional da Mulher desde que não nos esqueçamos da sua essência nos restantes dias e, portanto, faz sentido lembrarmo-nos um bocadinho mais hoje, mas não esqueçamos dele amanhã.

Concorda? Qual a sua opinião?

Feliz Dia da Mulher.

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