IPN Incubadora Rua Pedro Nunes, 3030-199 Coimbra

Transcrição de Áudio Jurídica: 3 motivos para que seja realizada por profissionais da área

É um facto: mais de metade do nosso trabalho assenta na Transcrição de aúdio jurídica (para quem não sabe, aquilo que se chama de transcrição de áudio jurídica é, na maioria das vezes, a transcrição das gravações dos julgamentos).

No entanto, transcrever a linguagem jurídica pode ser um grande entrave para quem decide enveredar pelo mundo da transcrição profissional.

Isto porque a linguagem jurídica é complexa, difícil e, em boa verdade, pouco acessível a quem nunca estudou direito. É uma linguagem cheia de:

  • termos técnicos;
  • expressões latinas jurídicas e não jurídicas;
  • abreviaturas;
  • fraseologias.
Ora, tudo isto faz com que muitos transcritores, bastante capazes, não estejam aptos à Transcrição de aúdio jurídica.

Repare: é um facto que o julgamento em si – no que diz respeito à inquirição de testemunhas – não tem, na maioria das vezes, o uso deste tipo de particularidades (não nos podemos esquecer que as testemunhas não precisam de conhecer linguagem jurídica). No entanto, continuamos no âmbito judicial e, como tal, os intervenientes usam uma série de jargões, fraseologias e expressões que o transcritor sem formação na área desconhece.

Consequentemente, selecionamos 3 desconhecimentos que fazem com que a Transcrição de aúdio jurídica seja um “bicho de 7 cabeças” para transcritores sem formação na área.

(E logo, 3 motivos para que seja efetuada/revista por juristas ou advogados). 

Leia Também  O artigo 640 do C.P.C.

 

1. Desconhecimento/troca de quem são os intervenientes

Um dos exemplos mais flagrantes é a troca dos intervenientes: Juiz, Procurador do M.P., Perito, Testemunha, etc.

Na verdade, o transcritor não jurista não consegue, muitas vezes, destrinçar quem intervém naquele momento.

Sejamos francos: mesmo quem tem conhecimento e não assistiu ao julgamento pode ter dificuldade, uma vez que:
  • Está a ouvir – e não a ver – as pessoas em causa;
  • Muitas das vezes apenas tem acesso a um depoimento do julgamento inteiro – quando não é um trecho do mesmo;
  • As vozes gravadas têm tendência a parecer todas iguais;
  • Nem sempre os intervenientes são identificados;
  • Nem sempre os clientes fornecem o ficheiro de identificação que é disponibilizado no CD de gravação.

Como resultado, o transcritor tem muita dificuldade em descortinar quem intervém. Dificuldade essa que aumenta se não tiver formação na área e não souber que para diferentes tipos de julgamentos há diferentes intervenientes (Procurador do M.P. por exemplo).

Além de que, um transcritor não jurista pode ter dificuldades em perceber que o inquirido nem sempre se encontra na posição de testemunha podendo ser a própria parte (em depoimento de parte ou como arguido ou assistente por exemplo) ou um perito.

Leia Também  Transcrição jurídica - dúvidas, dicas e regime legal

2. Desconhecimento de certas expressões/jargões/formalismos usados aquando do julgamento

Um julgamento tem formalismos bem estabelecidos. E se são evidentes para quem faz disso profissão o mesmo não acontece para os restantes mortais.

Em outras palavras, um transcritor que não esteja familiarizado com audiências de discussão e julgamento pode cometer diversos lapsos por puro desconhecimento.

Um dos exemplos são as famosas expressões:

“- Vossa Excelência consente?”.

Ou:

“Com a devida vénia”.

Estas são expressões dirigidas aos juízes pelos advogados aquando do início das suas inquirições e têm como objetivo principal demonstrar respeito pelo juiz quando o mesmo lhes dá a palavra.

Ora, se este hábito é normal e conhecido de todos os advogados que praticam contencioso, pode ser totalmente desconhecido para os restantes mortais. Mesmo um profissional licenciado em direito que nunca tenha feito julgamentos (perfeitamente normal, afinal Direito não é sinónimo de advocacia e litigância) pode ficar à nora com estas expressões.

Como resultado de parecerem tão “fora do contexto” estas expressões acabam:

  • por não ser transcritas (socorrendo-se o profissional do “impercetível”);
  • Transcritas como palavras em nada relacionadas mas com aproximação sonora. Por exemplo, em vez de “Vossa Excelência consente“ é transcrito “Tem a certeza que não mente?”

Leia Também  Podemos todos ser transcritores?

3. Desconhecimento de linguagem técnica

Este é outro motivo que dificulta a transcrição de áudio jurídica: o uso de muitas expressões latinas.

Como resultado, se o transcritor não tem o mínimo conhecimento deste aspeto, a dificuldade aumenta e os erros também.

É certo que no decorrer de uma inquirição testemunhal as questões e as respostas são, na maior parte das vezes, feitas num português escorreito e sem exigências acrescidas. Mas, quando se trata de alegações, por exemplo, ou requerimentos no decorrer das audiências, tudo se complica e transcriçãoes acabam por parecer “teses de mestrado”.

Expressões latinas como:

  • tradição;
  • animus;
  • corpus.

Ou expressões técnicas como:

  • “título translativo de propriedade”,
  • “usucapião”

Não são do conhecimento geral (na verdade, já ouvimos a expressão usucapião dita de várias formas errada como “usumcampião” ou “capitão”) pelo que não sendo transcritas por profissionais da área acabam invariavelmente apelidadas de outra coisa.

Leia Também  A transcrição da prova no âmbito do processo penal

 

Na weScribe TODAS as transcrições jurídicas (sem exceção) são asseguradas por advogados/juristas pelo que estes erros são evitados.

Além disso, saiba que:

  1. Cumprimos SEMPRE O PRAZO.
  2. Todos os trabalhos são revistos por um profissional diferente daquele que fez a transcrição.
  3. Asseguramos que mesmo após entrega do trabalho fazemos alterações, correções ou outro que entender por conveniente.
  4. A nossa transcrição é 100% humana. Assumimos este facto porque sabemos que nenhum software tem capacidade para assegurar o rigor da transcrição de um julgamento.
  5. Fazemos um teste escrito, grátis até 3 minutos de transcrição, sem qualquer compromisso.
  6. Temos uma plataforma onde se pode registar e fazer upload dos ficheiros de áudio.
  7. Disponibilizamos a entrega dos ficheiros transcritos, ainda antes do prazo, à medida em que vão sendo transcritos.
Contacte-nos por e-mail ou, ainda mais fácil, registe-se na nossa plataforma e peça um orçamento sem compromisso.

Até breve.

Deixe um comentário