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Transcrever Áudio: o que é; o que não é.

Uma das dificuldades de quem se dedica a transcrever ficheiros de áudio é a resposta à pergunta “Então, e o que é que fazes profissionalmente?”. Significa isto que explicar aos outros em que consiste a transcrição de ficheiros de áudio nem sempre é muito fácil e dá azo a alguns comentários que é preciso desmitificar.

Aqui na wescribe dedicamo-nos única e exclusivamente a essa tarefa. Somos uma plataforma de transcrição e por isso, até em determinados eventos ligados a empreendedorismo (em que somos convidados a dar o nosso testemunho) precisamos de gastar 2 ou 3 minutos a explicar o que é, e o que não é transcrever ficheiros de áudio.

Com este post esperamos dar uma ajudinha à resposta.

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O que é Transcrever Ficheiros de Áudio?

A resposta é simples: transcrever é a ação de passar para um texto escrito o que se está a ouvir.

Não é copiar, traduzir, plagiar ou reproduzir embora muitas vezes:

  • Se possa copiar o que se ouve. Por exemplo, alguém que enuncia um artigo do Código Civil e, para facilitar, quem está a transcrever copia o mesmo (desde que o que se copia corresponda ao que se está a ouvir);
  • Seja possível traduzir o que se ouve. Por exemplo, quando o pretendido é que se ouça em inglês e se transcreva em português.

Há por isso, duas tarefas (e por consequência dois verbos) associadas à função de transcritor:

  • ouvir;
  • escrever.

Transcrever e ouvir

Ouvir (verbo intransitivo) significa, como todos sabemos, perceber pelo ouvido. E isto, na verdade, é bem mais difícil do que parece à primeira vista.

Ouvir um ficheiro de áudio exige atenção, capacidade de perceção, capacidade de análise, paciência e rigor. Por várias questões:

1. As pessoas falam com sotaques diferentes, ritmos diferentes, pronúncias diferentes.

A capacidade de entender cada uma delas é determinante e exige ao transcritor não só a faculdade de ouvir como de escutar. (Algo que nenhum software de transcrição automática ainda consegue).

E o que é escutar (para além de ouvir)?

Respondemos com um exemplo: acontece por vezes, aquando da revisão de ficheiros de áudio, que a palavra transcrita é muitíssimo parecida com aquela que ouvimos. Mas, ainda assim, o revisor percebe que aquela não é a palavra correta. Mesmo sendo tão parecida. Porquê?

Porque não faz sentido, porque está fora do contexto, porque vai contra o que é dito por aquele interveniente atrás. E nessa altura volta a ouvir e a ouvir e a ouvir outra vez e percebe que aquela palavra não foi dita, mas sim uma outra.

Por exemplo:

É escrito “Comprei o irmão. Estava quente e tostado por isso quebrei a dieta”.

A frase não faz sentido nenhum e, ainda assim, foi escrita por um transcritor profissional, no meio de dezenas de páginas, num prazo curto. Mesmo que a palavra fosse “pão” e não “irmão”, dita com pronúncia e rapidez.

Ou seja, o transcritor ouviu irmão, percebeu irmão, escreveu irmão. O revisor ouviu irmão, percebeu irmão, deu-se conta que não fazia sentido, recuou o áudio, escutou pão e escreveu pão.

Em suma, era necessário escutar em vez de somente ouvir.

 

2. A gravação dos ficheiros é, por vezes, repleta de falhas e má qualidade

A ideia de que há uma preocupação em gravar ficheiros de áudio com qualidade devido à necessidade de os transcrever, posteriormente, nem sempre corresponde à verdade.

Ou melhor, ainda que haja essa preocupação, as dificuldades que se verificam aquando de uma entrevista/ grupo de trabalho /julgamento fazem cair por terra a mesma.

Exemplo: é organizado um grupo de trabalho, com árias pessoas e um moderador com o objetivo de se chegar a conclusões acerca de determinado tema. Os grupos serão gravados e toda a gente sabe que se irá analisar a gravação posteriormente. Mas, mesmo assim, isso não impede que no decorrer dos trabalhos, as pessoas sintam:

  • Entusiasmo,
  • Vontade de participar
  • Necessidade de interromper.

E que, decorrendo disso, haja muitas vezes sobreposição de vozes, conversas paralelas, comentários extra, vozes mais elevadas. Junte a isto diversos sotaques, pronúncias, jeitos de falar (incluindo por exemplo, tiques, gaguez, etc.) e vai perceber que a gravação se apresenta com muita, muito, muita dificuldade na hora de transcrever.

Daí que seja necessário ouvir e escutar com muita, muita, muita atenção, paciência e determinação.

 

Transcrever e escrever

Se transcrever é ouvir, dúvidas não há que, como a palavra indica, é também escrever.

Transcrever exige um grande domínio da língua e das regras gramaticais. Lembre-se que se coloca em texto o que se ouve, com a necessidade inerente de usar as palavras e a pontuação para dar ao leitor a possibilidade de ao ler, praticamente ouvir o que foi dito. Com entoação, hesitação, nervos, choro, risos, comentários extra e afins.

É necessário não só evitar dar erros ortográficos (daí abordarmos tanto este assunto no blog) como ter a intuição necessária para escrever uma intervenção que seja minimamente inteligível mesmo que a mesma tenha sido dita quase ininteligivelmente.

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Transcrever ficheiros de áudio é por isso, e em suma, uma tarefa extremamente exigente. Uma tarefa que não se fica somente por ouvir e escrever, como ainda por rever posteriormente, levando a que outra pessoa escute e corrija.

Exige tempo, conhecimento, rigor e paciência. E se é difícil no início, a cada nova transcrição se torna mais fácil, o ouvido mais apurado a escutar e o tempo fica mais rentabilizado.

Por isso, da próxima vez que lhe perguntarem o que faz, se for transcritor, já sabe. Pode – e sem mentir – dizer que profissionalmente escuta e escreve com rigor, detalhe e paciência e que aprende imenso de cada vez que o faz.

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transcrever áudio

E lembre-se: se precisar da transcrição de ficheiros de áudio, saiba que os nossos transcritores e revisores são altamente capacitados para o efeito, com centenas de horas transcritas, testes de avaliação efetuados e postos à prova em cada trabalho que fazem.

Além disso SAIBA QUE:
  1. Cumprimos SEMPRE O PRAZO.
  2. Todos os trabalhos são revistos por um profissional diferente daquele que fez a transcrição.
  3. Asseguramos que mesmo após entrega do trabalho fazemos alterações, correções ou outro que entender por conveniente.
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Até breve.

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